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Cortes de Lisboa |
D. Pedro, como príncipe Regente
do Brasil, enfrentou reais dificuldades com o parlamento que governava Portugal:
as Cortes de Lisboa (resultado da Revolução Liberal do Porto, de 1820).
Um dos objetivos das Cortes era
desmanchar a autonomia do Brasil e “recolonizar”. Na verdade, desejavam a volta
do pacto colonial, com o monopólio português sobre o comércio (exportação e
importação) do Brasil.
A tarefa do Príncipe D. Pedro
era resistir às Cortes, desafiar as ordens vindas de Lisboa e tentar salvar o
absolutismo derrotado pela revolução de 1820.
Enquanto isso, as elites
brasileiras, predominantemente latifundiária, temia as medidas das Cortes. A
abertura dos portos e o liberalismo comercial deram grandes vantagens a essa elite.
Identificaram que o Príncipe Regente deveria ser apoiado em sua resistência às
Cortes de Lisboa. Assim preservariam as vantagens, sem correr o risco de ter
que participar de revoluções populares.
Dia do Fico.
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Dia do Fico.
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Dia do Fico |
Os atritos entre D. Pedro e as Cortes
foram crescentes, até que veio uma ordem de Lisboa para que o príncipe retornasse
para Portugal. O anúncio da decisão de não obedecer à ordem ganhou destaque e
passou a ser conhecido como o Dia do Fico (9 de janeiro de 1822).
Proclamação da
Independência
A tensão entre o Príncipe
Regente e as Cortes de Lisboa não diminuíram. D. Pedro era muito influenciado
por um brasileiro chamado José Bonifácio de Andrada, seu ministro, e e por sua
mulher, a Princesa Leopoldina.
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Coroação do Imperador D. Pedro I |
Quando o príncipe estava em viagem
pela província de São Paulo, chegou às suas mãos um documento com novas ordens
enviadas pelas Corte. Nesta ocasião ele tornou pública a sua decisão de
emancipar o Brasil. Foi um ato simbólico (proclamação da independência), pois a
decisão já estava tomada desde o dia 6 de agosto (assinatura da Declaração de
independência), além da convocação de uma Assembleia Constituinte.
OBS – Nesse período
a elite brasileira formou facções, que frequentemente são consideradas como
partidos. Alguns desejavam manter os laços do Brasil com Portugal (Partido
Português), enquanto outros desejavam a independência (Partido Brasileiro). Mas
o Partido Brasileiro tinha duas propostas distintas. Alguns defendiam a
permanência da monarquia após a independência (moderados) e outros preferiam a
independência com a mudança para a forma republicana de governo (radicais ou
exaltados).
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