Movimentos de independência na América
Ibérica
Durante o século XVIII ocorreram
diversas rebeliões coloniais, em várias regiões do continente americano.
Originalmente esses movimentos políticos tinham como objetivo pressionar as
autoridades da metrópole (país dominador) para mudar as práticas usadas no
“pacto colonial”(estrutura de dominação usada pela metrópole na dominação e
exploração das riquezas produzidas na colônia).
A partir da segunda metade do século
XVIII a elite colonial passou a adaptar as ideias políticas e econômicas dos
filósofos iluministas à realidade colonial americana. Surgiram movimentos
políticos que objetivavam a emancipação política (independência).
OBS –
América Ibérica: é a parte do continente americano que foi colonizada pelos
países da península Ibérica (região
da Europa formada por Espanha e Portugal).
Vamos usar exemplos de movimentos pela independência que
aconteceram na parte da Península Ibérica dominada por Portugal, ou seja, no
Brasil.
I – Brasil (segunda
metade do século XVIII).
1)
Inconfidência Mineira (1789)
- Representantes da elite, sobretudo da cidade de Vila
Rica (atual Ouro Preto), tentaram conquistar a independência de Minas Gerais.
Câmara Municipal de Vila Rica (século XVIII)
Câmara Municipal - museu na atualidade.
- Influências externas
– iluminismo e Revolução Americana.
Vista atual e parcial de Ouro Preto (Vila Rica)
- Objetivos – independência, república, criação de
uma universidade, desenvolver a industrialização, etc.
Desenho - Vila Rica (século XVIII)
-
Ocorreu uma denúncia, vários líderes foram presos, apenas Tiradentes foi
executado na forca após julgamento condenação como líder do movimento.
Alferes Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).
Tiradentes - julgamento
Tiradentes foi enforcado com cabelos cumpridos?
Reunião de planejamento dos inconfidentes.
Bandeira idealizada pelos inconfidentes.
Cláudio Manoel da Costa Thomas Antônio Gonzaga.
2) Conjuração Baiana
(1798) – Também conhecida como “Revolta
dos Alfaiates”.
- Ocorreu
em Salvador, Bahia. A liderança do movimento foi predominantemente popular, com
forte participação de negros.
Centro histórico de Salvador - época recente.
Salvador no final do século XVIII.
Salvador no final do século XVIII.
- Líderes – Cipriano Barata, o tenente Hernógenes Aguilar e
Francisco Moniz (ligados à elite
baiana), Inácio da Silva Pimentel, Romão Pinheiro, José Félix, Inácio Pires,
Manuel José e Luiz de França Pires, Manuel
Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento (alfaiates), além de Luiz
Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas.
Cipriano Barata
Reunião dos revolucionários baianos
- Objetivos –
independência, república, fim da escravidão, diminuição dos impostos, etc.
Bandeira elaborada nos debates da conjura baiana. As cores da bandeira faziam alusão a Revolução Francesa e seu ideal de liberdade, igualdade e fraternidade. Ao centro, segundo tradução de Cândido da Costa e Silva, a inscrição “Apareça e não se esconda”.
- Ocorreram denúncias,
vários líderes foram presos. Os líderes de elite foram libertados, alguns
envolvidos mais pobres foram degredados para a África. Apenas quatro foram
condenados à morte e enforcados: Manuel
Faustino dos Santos Lira, João de Deus do Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens
e Lucas Dantas.
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